Em outubro de 1933 foi disputada a primeira corrida no “Circuito da Gávea” no Rio de Janeiro,
Grande Premio Internacional que atraia multidões a uma região despovoada do Rio. Cheio de
curvas,subidas e descidas, o percurso de 11 quilômetros, foi apelidado de “Trampolim do Diabo”.
Era um “GP de Mônaco à carioca”.
Grandes corredores desafiaram o perigo do Trampolim com seus bólidos a mais de 200 km/h,
entre os anos de 1933 a 1954. Nomes como Chico Landi (3 vitorias) com sua Maserati, Irineu Correa ( Campeão em 1934) morto na corrida de 1935, Hans Stuck com seu Auto Union de 550 cv, Carlo
Pintacuda e Manuel de Teffé com seus Alfas.
Em outubro de 2003, o Clube do Fordinho enviou para o Rio de Janeiro o Sr. Milton de Oliveira
com seu Ford Speedy, para refazer o trajeto do antigo circuito. Speedy é um modelo A, aliviado à
moda dos bólidos que correram em 1933. O guia foi o Sr. Paulo Scali, autor do Livro “Circuito da
Gávea” publicado pela Mahle- Metal Leve.
A maior parte do circuito original ainda pôde ser percorrida. Claro que imensas mudanças foram implantadas ao redor do trajeto. Prédios tomavam o lugar onde antes havia sómente mata e barrancos.
Hotéis e condomínios no lugar de bucólicas lagoas.
O Trajeto sinuoso e íngreme de 11,5 km foi feito pelo Fordinho em 27 minutos, com uma media
de 25,5 km/h, devido ao transito, contra os 67,1 km/h da Alfa de Manuel de Teffé, o vencedor da
corrida de 1933.
O Sr. Milton de Oliveira é hoje um dos diretores do Clube do Fordinho e, segundo suas
declarações, refazer este circuito 70 anos depois, foi uma experiência ímpar e quase mística,
pois não havia como deixar de sentir a “presença ” dos heróis do passado.
Do Hotel Leblon, no inicio da Av. Niemeyer, sobrou só a fachada em restauração. O prédio era um bom camarote para assistir a prova | |

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Na Rocinha, Vans e Motos. Antes, a agreste visao de São Conrado | O sobrado que foi o ponto de partida nos anos 30, ainda esta de pé. |

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| Sr. Milton de Oliveira com seu Ford Speedy 1928 |
Sr. Milton de Oliveira | Bibliografia: Materia retirada do Jornal O Globo ( Rio de Janeiro ) de 29/10/2003. Fotos de Marco Antonio Teixeira (cor) e arquivo (p&b). Texto adaptado por Antonio Augusto Geraldini. |